domingo, 12 de abril de 2009

Contexto Histórico

O capitalismo estava ganhando espaço, as pessoas cada vez mais com o pensamento materialista, nesse pensamento surge um novo jeito de escrever a vida do jeito que ela é sem esconder nada de ninguém esse era o Realismo.
Memórias póstumas de Brás Cubas é considerado um divisor de águas na carreira de Machado de Assis, e essa obra é associada a introdução do realismo no Brasil.

Contexto social

No final do século XIX, o Brasil apóia as idéias novas e modernas vindas da Europa, sendo grande parte conservadoras.
No Brasil essas inovações trouxeram um efeito contrário relacionando-as a realidade brasileira que se observava o aumento do poder da classe dominante e a escravidão crescente.
Machado de Assis cria seus personagens dentro da sociedade em que vive.

Resumo da obra: Memórias Póstumas de Brás Cubas

O publico que estava acostumado com as tradicionais narrativas, ficou surpreso com a obra ‘’memórias póstumas de Brás Cubas que tinha um narrador defunto!
Brás cubas relata sua vida, conta a história de sua infância, foi um menino levado que recebeu o apelido de ‘’menino-diabo’’, ele mentia, maltratava os escravos, escondia o chapéu das visitas, puxava cabelos entre outras artes.
Brás cubas culpa a educação que recebeu de seus pais o principal motivo de seu fracasso em relação a ser humano, ele contava com a cumplicidade do pai, que o superprotegia, e com a fraqueza da mãe.
Na juventude teve um envolvimento com Marcela, relacionamento que durou ‘’quinze meses e onze contos de réis’’, essa expressão é pela grande ambição que Marcela tinha. O pai o manda para estudar na Europa, onde se dedica muito pouco aos estudos. Quando retorna pretende casar-se com Virgília, um negócio arranjado pelo pai para torná-lo deputado, mas nenhum dos dois planos da certo, ele não se torna deputado nem se casa com Virgília, que casou com Lobo Neves.
Tempos depois reencontra um colega de infância Quincas Borba que se diz filósofo. Quincas rouba o relógio de Brás Cubas e desaparece, retorna pouco tempo depois enriquecido e devolve o relógio a Brás Cubas.

Resumo elaborado por: Mateus, Vitor, Felipe.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Resumo da obra Memórias Póstumas de Bras Cubas

O romance é a autobiografia de Brás Cubas, narrador-personagem (1ª pessoa) que, depois de morto, na condição de "defunto-autor", resolve escrever suas memórias. Por estar morto, Brás Cubas assume uma posição transtemporal, de quem vê a própria existência já de fora dela, "desse outro lado do mistério", de modo onisciente, descontínuo e sem a pressa dos vivos. O fato de Brás Cubas colocar-se como um "defunto-autor", isto é, como alguém que conta a sua vida de além-túmulo, dá-nos a impressão que se trata de um relato caracterizado pela isenção, pela imparciabilidade de quem já não tem necessidade de mentir, pois deixou o mundo e todas as suas ilusões. Essa é uma das famosas armadilhas machadeanas, contra a credulidade do leitor ingênuo e romântico de sua época. Os fatos são narrados à medida que afloram à memória do narrador, que vai tecendo suas digressões, refletindo sobre seus atos, sobre as pessoas, exteriorizando uma visão cínica, irônica e desencantada de si mesmo e dos outros. Espécie de anti-modelo, de personagem-símbolo da ironia machadeana quanto ao ideal burguês de "vencer na vida", a figura de Brás Cubas constitui uma inversão da travessia de heróis burgueses, tematizados pela literatura realista. Machado de Assis ao escolher a situação fantástica de um morto que conta histórias, e que mesmo estando do outro lado da vida procura mais "parecer" do que "ser", isto é, na mente, ilude e distorce os fatos, escondendo suas misérias para que sejam vistas como superioridades, questiona tanto a forma quanto o conteúdo do realismo tradicional. Brás Cubas conta a história de sua vida, a partir de sua morte. Seu ouvinte é o leitor virtual, cinco ou dez leitores, segundo acredita (cap. 34), Virgília, que espera venha a ler o livro (cap. 27), ou um cavalheiro (cap.87), narrador diferente da leitura romântica a quem o narrador das obras anteriores se dirige. Brás Cubas nasceu em 20/10/1805, no Rio de Janeiro, filho de Bento Cubas, da família burguesa que se enriqueceu com o comércio. Tinha uma única irmã, Sabina, casada com Cotrin, com quem teve uma filha, Venância. Seus tios eram João, oficial da infantaria, Ildefonso, padre , e Emerenciana, a maior autoridade de sua infância. Ao falecer, tinha 64 anos (...expirou às duas da tarde de uma Sexta-feira de agosto de 1869), era solteiro e seu enterro teve 11 pessoas. Sua morte foi assistida por 3 mulheres: a irmã Sabina, a sobrinha e Virgília, um de seus amores não concretizados. Nos nove primeiros capítulos, Brás Cubas descreve a sua morte (cap.1), o emplasto (uma idéia fixa que teve, ao final da vida, de inventar um “medicamento anti-hipocondríaco”, isto é, que curasse a mania de doença das pessoas), sua origem (cap.3), a idéia fixa do emplasto (cap.4), sua doença (cap.5), a visita de Virgília (cap.6), o delírio (pesadelo que teve antes de morrer em que lhe aparece Natureza ou Pandora, dona dos bens e dos males humanos, dentre os quais, o maior de todos é a esperança, cap.7), razão contra a sandice (em que a razão expulsa a sandice, cap.8) e transição (cap.9, em que o narrador faz uma reflexão metalingüística e retoma o fio narrativo, cronológico de sua vida, a partir de seu nascimento em 1805). A partir do cap.10, a vida de Brás Cubas é contada de forma sucessiva: nascimento, batizado, infância, juventude. Relata um episódio de 1814 quando, aos nove anos, delata uma cena de beijo entre Dr. Vilaça, “casado e pai” e D. Eusébia, uma “robusta donzela”. É aluno do mestre Ludgero Barata, “calado, obscuro, pontual” e colega de Quincas
Borba, “uma flor”, o menino “mais gracioso, inventivo e travesso”. Em 1822, data da independência política do Brasil, torna-se o prisioneiro amoroso de Marcela, “amiga do dinheiro e de rapazes”, em quem dá o primeiro beijo e cuja paixão dura “quinze meses e onze contos de réis”. Obrigado pelo pai, vai para a Europa, estudar. Em Coimbra, torna-se bacharel, “mediocremente”. Na história de sua vida, são intercalados capítulos como O almocreve (cap.21) e A borboleta preta (cap.31), que são puramente filosóficos. Quando a mãe adoece, Brás Cubas volta ao Brasil, para velá-la, em seus últimos dias.Tendo aprendido na universidade a ornamentação da História e da Jurisprudência, e não sua essência, passa a usá-la para viver na superficial sociedade em que vivia. Seu pai quer que se torne deputado e lhe arranja uma noiva, Virgília, filha do Conselheiro Dutra, 15 ou 16 anos, atraente e voluntariosa. No entanto, Brás Cubas vai visitar Eusébia, a mesma do episódio de 1814, que tinha uma filha de dezessete anos, Eugênia, “coxa de nascença”, uma “Vênus manca”. Brás Cubas a corteja, mas opta por Virgília, “uma jóia, uma flor, uma estrela, uma coisa rara”. Brás Cubas encontra Marcela, envelhecida, rosto marcado pelas “bexigas”, com um pequeno comércio na rua dos Ourives. Ao encontra-se com Virgília, tem uma alucinação e vê a namorada com o rosto marcado como o de Marcela, mas passa. Virgília, no entanto, ambiciosa, casa-se com Lobo Neves, um homem que lhe pareceu mais promissor que Brás Cubas. O pai de Cubas, desgostoso, morreu, inconformado. Brás Cubas, a irmã Sabina e o cunhado, Cotrin, disputaram a herança do pai e em tudo pode-se observar o interesse material determinando o comportamento das pessoas. Brás Cubas torna-se recluso, escrevendo política e fazendo literatura, chegando a alcançar reputação de polemista e poeta. Luis Dutra, um primo poeta de Virgília, avisa Brás Cubas de que Virgília e Lobo Neves tinham regressado de São Paulo. Brás Cubas começa a freqüentar a casa deles e torna-se amante de Virgília. À mesma época, encontra, na rua, o Quincas Borba, seu colega de infância, que vivia como mendigo. Ajuda-o com cinco mil réis e este lhe rouba o relógio, ao despedir-se. Quando algumas pessoas começam a desconfiar do relacionamento de Brás Cubas e Virgília, estes montam uma casinha, no recanto de Gamboa, cuja caseira era D. Plácida, uma antiga agregada da casa de Virgília. Lobo Neves, marido de Virgília aguarda sua nomeação para presidente da província e convida Brás Cubas para ser seu secretário. Este reluta em aceitar. Virgília tem um filho, Nhonhô, do marido, mas Cubas sonha ter um filho com ela. Brás Cubas recebe uma carta de Quincas Borba que lhe devolve o relógio roubado e quer lhe expor sua teoria filosófica do Humanitismo, o princípio das coisas. Lobo Neves recebe denúncias da traição da mulher. E nomeado Presidente da Província e o casal parte, terminando aí o romance proibido entre Virgília e Brás Cubas. Quincas Borba visita Brás Cubas, conta-lhe da fortuna herdada de um tio de Barcelona, mas só se ocupa de sua doutrina filosófica, o humanitismo, uma paródia das teorias científicas no final do século XIX. Brás Cubas fica seduzido pela teoria do Humanitismo, identificando-se com sua explicação materialista da existência humana. Outros motivos que lhe compensaram a perda de Virgília foram a tentativa da irmã de casá-lo com Nha Loló e a ambição política. Aquela no entanto, morre, aos 19 anos de febre amarela. Brás Cubas torna-se deputado, atuando ao lado de Lobo Neves. Em 1855, Brás Cubas encontra Virgília, num baile. Ele a acha magnífica, mas nada mais ocorre entre eles. Ao chegar ao 50 anos, Brás Cubas perde o interesse pela vida, que é o amor. Quincas Borba o convence de que era a idade da ciência e do governo, mas Brás Cubas perde sua cadeira de deputado e, conseqüentemente, a paixão pelo poder. Sua única companhia é Quincas Borba, com quem filosofa sobre a vida e a existência humana através de observações da realidade, como uma luta de cães por um osso. Brás Cubas recebe um bilhete de Virgília que pede-lhe para socorrer D. Plácida, que está a morrer. Ele dá-lhe algum dinheiro e a interna na Misericórdia, onde falece. Resolve publicar um jornal, de oposição ao governo, que contraria Cotrin, seu cunhado. Pouco mais de seis meses depois, o jornal deixa de sair. Lobo Neves morre, na iminência de ser ministro. Brás Cubas vai-lhe ao enterro e vê que Virgília chorava “lágrimas verdadeiras”. Brás Cubas reconcilia-se com o cunhado Cotrin, ingressa na ordem, para dar alguma utilidade a sua vida, segundo ele, foi a fase mais brilhante de sua vida. No hospital da ordem, viu morrer a ex-namorada, a linda Marcela, agora feia, magra, decrépita; também encontrou, num cortiço, outra ex, Eugênia, a filha de D. Eusébia e do Vilaça, tão coxa como antes e mais triste. Quincas Borba, que havia partido para Barcelona, volta, mais louco ainda, morrendo pouco tempo depois. O último capítulo, Das negativas, finaliza a obra com o tom cético e realista que atravessa toda a obra: Brás Cubas não se torna famoso por seu emplasmo, não foi ministro, nem califa, nem se casou. Em compensação, não comprou o pão com o suor do rosto, pois nunca teve de trabalhar. Não morreu como D. Plácida, Marcela, Eugênia e tantos outros, nem se tornou louco como Quincas Borba. Ao morrer, chega ao outro lado, sentindo-se um pouco credor, pois não teve filhos e portanto, não transmitiu “a nenhuma criatura o legado de sua miséria”.

Fonte:http://www.passeiweb.com/na_ponta_lingua/livros/analises_completas/m/memorias_postumas_bras_cubas

domingo, 22 de março de 2009

Resumo Memórias Póstumas de Brás Cubas:

De acordo com a malicia que sugere a respeito de si próprio, Brás Cubas foi um menino matreiro, merecedor do apelido de “menino-diabo”, maltratava os escravos, mentia, escondia o chapéu das visitas, puxava cabelos, dava beliscões, possuía uns temperamentos malignos, contando invariavelmente com a cumplicidade do pai, que o super protegia e com a fraqueza da mãe, sempre negligente em relação a ele.
Crescendo nesse contexto familiar que o favorece e justifica-lhe as traquinagens, transforma-se em um adulto egocêntrico, mentiroso, cínico, entediado e petulante, atribuindo-se uma importância indevida, para assim disfarçar a seqüência de fracassos a que sua vida se reduziu.
Na juventude envolveu-se com Marcela, uma cortesã espanhola que o ama “durante quinze meses e onze contos de réis”. O pai, assustado com os gastos do filho, mandou pra a Europa para seus estudos aos quais pouco se dedica. Ao retornar, deseja casar com Virgilia, num negocio também arranjado pelo pai, que pretende torná-lo deputado. Ambos os projetos falham: Brás Cubas perde a noiva e o cargo para Lobo Neves. Mais tarde almejando ser ministro, o que consegue é o amor adultero de Virgilia e o cargo de deputado.
Quincas Borba, um colega de infância que se diz filosófico, visita-o, rouba-lhe o relógio e desaparece, para retornar tempos depois, enriquecido graças a uma herança. Devolve-lhe então o relógio, conta-lhe sobre o Humanismo, teoria filosófica que inventa, e mais tarde enlouquece.
Inventar um emplasto contra a hipocondria, a seu ver um remédio miraculoso que curaria os males da humanidade, constitui a última tentativa de Brás Cubas, o seu ultimo projeto, sem sucesso como todos os outros. O que impede de realizá-lo é a morte, causada pela pneumonia que ironicamente, contraio ao sair de casa, a fim de pentear o invento...

_ Resumo elaborado por Felipe Mateus e Vitor.

Memórias Póstumas de Brás Cubas - Machado de Assis - (resumo)

Com Memórias Póstumas de Brás Cubas, publicado em 1881, Machado de Assis inaugura o realismo nas letras brasileiras. A partir dessa obra ele se revela um arguto observador e analista psicológico dos personagens.
O ritmo da obra é lento, com várias digressões e narrado de maneira irreverente e irônica por um "defunto autor" (e não um "autor defunto", como podem pensar). Brás Cubas, por estar morto, se exime de qualquer compromisso com a sociedade, estando livre para critica-la e revelar as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu.
Essa condição de autor defunto permite ao narrador suspender a narrativa ou o tempo, dialogar com o leitor no momento e que sugere estar escrevendo algum capítulo e até mesmo propor ao leitor a supressão de algum capítulo. O tempo para o narrador é suspenso e ele vai visitando seu passado, conhecedor que é dos segredos após a morte, sem revelar ao leitor tais mistérios, vai se mostrando um narrador irônico acerca das paixões humanas.
Brás Cubas vai contando a sua vida e contando os vários episódios que viveu. Conta sobre a prostituta de luxo espanhola Marcela, que o amou "durante quinze meses e onze contos de réis". Para livrar-se dela, os pais de Brás Cubas decidem mandá-lo para a Europa. Volta doutor, em tempo de ver a mãe antes de morrer. Mesmo na Europa, embora tivesse concluído os estudos e se diplomado, de fato, a boêmia e os amores fugazes direcionam sua vida.
Depois de um namoro breve e inconseqüente com Eugênia, uma moça simples e pobre, defeituosa de uma perna, Brás Cubas, por interferência de seu pai, começa um namoro com Virgília. Cujo pai poderia favorecer uma almejada carreira política.
Numa certa ocasião, no passeio público, Brás reencontra Quincas Borba, um amigo de escola. Quincas é um mendigo, e num abraço rouba-lhe um relógio.
Pouco depois Quincas Borba aparece rico e filósofo, herdeiro de uma grande fortuna e propagador do Humanitismo.
A filosofia do Humanitismo consumirá grande parte da vida do personagem Quincas Borba, fundada numa espécie de Humanismo com elementos deterministas contraditoriamente ligados a elementos de caráter orientalista, tal filosofia é uma paródia das crenças filosóficas da época, baseando-se em máximas, dentre as quais a mais importante era: “Ao Vencedor, às batatas”, moral de uma parábola que tentava justificar a competição e a guerra na sociedade burguesa.
Noutro reencontro, Brás Cubas vê Marcela, velha e arruinada num subúrbio do Rio de Janeiro.
Virgília lhe é roubada por Lobo Neves, jovem mais decidido e confiante.
O pai de Brás Cubas morre, deixando porém, claro o desgosto que tinha com o destino que as coisas tinham tomado para seu filho: nem casamento e nem carreira política.
Anos depois, Brás Cubas - um solteirão - e Virgília - esposa de Lobo Neves tornam-se amantes.
Lobo Neves é nomeado para presidente de uma província do norte do Brasil, Brás teme pela separação com Virgília. O próprio Lobo Neves, confiando no amigo, chega a convidar Brás Cubas para ser seu secretário na província. Porém, quando da publicação do edital de nomeação no diário oficial, o Lobo Neves declina do cargo, pois fora publicado no dia 13, e ele tinha uma superstição com esse número.

Virgília fica grávida de Brás Cubas, o desejo de ter um filho enche de esperanças Brás Cubas quanto ao desfecho de sua situação amorosa, porém, a criança morre antes de nascer, e os amantes se separam. O Lobo Neves é novamente nomeado para presidente de outra província e desta feita os amantes se separam.
Sabina, a irmã de Brás, arranja-lhe uma noiva, Eulália, que no entanto, morre vítima de uma epidemia. Sem conseguir ser político, Cubas em busca da celebridade tenta lançar o emplastro Brás Cubas, tal emplastro traria a glória buscada pelo personagem, seria uma espécie de remédio para todos os males. Porém, Brás Cubas vêm a falecer de pneumonia antes de realizar o seu intento.

Fonte: www.livrosparatodos.net/livros-resumos/memorias-postumas-de-bras-cubas.html

Memórias póstumas de Brás Cubas

Os leitores acostumados com as histórias tradicionais tiveram uma grande surpresa com esse livro: seu narrador era um... Defunto! Um defunto que resolveu distrair-se um pouco da monotonia da eternidade escrevendo suas memórias com a “pena da galhofa e a tinta da melancolia”
Livre das convenções sócias, pois está morto, o narrador Brás Cubas fala não só de sua vida mas de todos os que com ele conviveram, revelando q hipocrisia das relações humanas. Ao longo do livro são narrados vários casos: sua paixão juvenil pela bela e interesseira Marcela, que o amou “ durante quinze meses e onze contos de réis”; sua amizade com o filosofo maluco Quincas Borba; seus amores clandestinos com uma mulher casada, Virgília. Mas a ordem da narrativa nem sempre é linear- muitos fatos vão se encadeando conforme as lembranças de Brás Cubas e não necessariamente de acordo com a seqüência cronológica em que ocorreram.
As reflexões sarcásticas de Brás Cubas vão impregnando o texto de um pessimismo radical.
Nada resiste a essa analise impiedosa, e suas últimas palavra resumem bem essa concepção amarga e negativista da vida; “Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado de nossa miséria”.
Brás Cubas está regressando ao Brasil, depois de uns tempos de estudo em Portugal. No caminho de casa, sofre um acidente que quase lhe tira a vida.



Sarmento, Leila Lauar
Português: literatura, gramática, produção de texto: Volume único / Leila Lauar Sarmento, Douglas Tufano – São Paulo : Moderna, 2004.